O post que escrevi abaixo sobre o constrangimento que o ato de fé dos jogadores da seleção brasileira causou em alguns classes, e espalhei nos agregadores de notícias da Internet, está rendendo comentários interessantes - renderá outros, certamente. Abaixo, alguns deles:
"Constrangimento é o discurso teórico da BBC dizer que na Grã-Bretanha o povo está acostumado a viver com pessoas de diferentes religiões, mas na prática os ingleses assassinaram o brasileiro Jean Charles simplesmente porque pensaram que era muçulmano. Constrangimento foi o Dunga,com a camisa da seleção,falar um monte de palavrões quando ergueu o caneco do tetracampeonato estando ao lado do vice-presidente dos EUA e transmitido pela mídia.
Aquilo constrangeu todas pessoas de bem, independentemente da religião.Constrangimento é um jogador xingar a mãe do outro; fazer comentários racistas com relação a cor do adversário; cometer faltas que vão além da violência esportiva e ingressam nas raias da lesão corporal e dos tribunais.
Constrangimento é a FIFA e a imprensa fazerem comentários como os que estão na matéria e acharem errado os jogadores se expressarem livremente. Cadê a liberdade de expressão?Constrangimento é ver a violência dentro e fora do campo de futebol e a coisa ficar sempre do mesmo jeito.Por que os ingleses não se incomodam com os hooligans? Constrangimento é ver a corrupção rolando solta nos estádios sem que uma atitude eficaz e efetiva seja tomada de uma vez por todas.
Constrangimento é a FIFA e a mídia “endeusarem” certos jogadores, induzindo a população para adorá-los. Constrangimento é ver o técnico/jogadores da seleção brasileira fazerem gestos obscenos para o árbitro e jogadores adversários.Por outro lado, a oração não constrangeu,apenas enobreceu.
"Comentário do Oscar Júnior, aqui no Divã do Masini da Abril.
"Marcão, o buraco é mais embaixo. Aqui no Brasil de maioria católica a gente não enxerga o problema tão gravemente, Jesus também é cultuado pelos evangélicos e a tolerância religiosa no Brasil permite até candomblé nos estádios. Só que na Europa existe a questão dos católicos X protestantes X muçulmanos. Quando alguns jogadores comemoram um gol fazendo alusão ao jeito de rezar dos muçulmanos, quase houve uma briga em campo.
A FIFA quer evitar que o futebol vire um palco de disputas religiosas. O jogador brasileiro tem que entender que quando ele veste a camisa da seleção, o mundo está vendo e tudo que ele fizer pode ser interpretado de forma errada.
"Comentário do Amalio Damas, no Divã do Masini do site Nossa Noite.
"Absurdo. Na copa de 1994, no 1o. gol da Nigéria o atleta fez uma prece agarrado as redes. Foi uma das cenas mais emocionantes daquele torneio. Ele era mulçumano. Se atletas do time brasileiro resolveram rezar ou orar, e se nenhum atleta foi obrigado a se ajoelhar às chibatadas, não é assunto de ninguém além dos próprios protagonistas. Nem do Brasil, nem da CBF nem da FIFA. Sejam cristãos, mulçumanos, umbandista ou wiccas. É assunto de cada um. Só falta agora proibirem os palavrões do Luxemburgo - e todos os outros treinadores - a beira do campo. Essa onda de politicamente correto já passou da hora de finar-se.
"Comentário do José Sidney no agregador de notícias Dihitt.
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