Perguntaram-me algumas vezes se é possível que a ciência faça a clonagem de outros seres humanos, uma vez que já foi feita a clonagem de animais? De imediato parece-nos difícil aceitar essa idéia porque não estamos plenamente preparados para responder a estas questões. São questões de ordens cientificas, teológicas e éticas, as quais a humanidade não está preparada para discuti-las. Recentemente, dois cientistas, o italiano Severino Antinori e o norte-americano Panayiotis Zavos desafiaram o mundo político e o cientifico declarando que teriam os primeiros bebês clonados em 2002. Segundo reportagem recente no jornal britânico Sunday Times mais de 200 mulheres, voluntárias de vários paises, receberão embriões clonados. Os cientistas se reservam ao direito de omitir a divulgação dos casais, nem quais os custos dessa experiência. Os protestos são inevitáveis em todo o mundo. O desafio desses cientistas tem criado um estado de tensão enorme porque não se tem certeza do sucesso dessa experiência. Os especialistas em reprodução assistida entendem que é tecnicamente possível a clonagem humana. A experiência com o clone da ovelha Dolly feita pelo cientista Ian Wilmut, na Escócia, abriu um caminho para novas tentativas. A clonagem já foi testada em ovelhas, ratos, vacas, cabras e porcos, usando uma mesma técnica: o núcleo de uma célula de animal adulto que é extraído e introduzido em um óvulo cujo núcleo foi retirado anteriormente. O embrião resultante, geneticamente idêntico ao adulto original, é implantado dias depois no útero de uma fêmea. Naturalmente, essa experiência é, às vezes, desastrosa, porque alguns genes da célula adulta estão ativados e outros reprimidos. Segundo a experiência feita pelos cientistas, “quando o núcleo é transferido para um óvulo, esse padrão tem de ser reprogramado para adotar um padrão típico de embrião. E esse processo artificial é falho na maioria das vezes”. Por isso, há um risco enorme com a técnica de clonagem. Imagina-se que o resultado de clonagem humana agora poderia gerar monstros e não outros seres humanos. Na verdade, a reprodução humana será válida até ao ponto em que ela não interferir no principio de direito de criação que pertence unicamente ao Todo-poderoso Criador. A chamada reprodução assistida não é nada mais que uma reprodução artificial, ou seja, a reprodução feita por “inseminação aritificial”, a fertilização “in vitro” e, por último, a clonagem humana. O grande problema que essa experiência promove é dispensa dos “pais genéticos”. Ora, em nossa sociedade permissiva tem-se admitido sem nenhuma resistência a geração de filhos sem o vínculo afetivo e moral entre os pais. Os laços genéticos para a geração de seres humanos são tratados secundariamente. Uma discussão sobre uma criança ser gerada e não feita deve merecer a nossa atenção. Para a ciência genética não há restrições para se “fazer” uma criança via laboratório. Entretanto, do ponto de vista ético e teológico, a reprodução humana “feita” fere o processo natural de “gerar” uma criança. O homem exerce seu papel gerador em cooperação com o Criador ao “gerar”uma criança. “O autor Gilbert Meilaender escreveu em seu livro sobre Bioética que “a paternidade biológica não confere posse, mas sim uma tarefa histórica = criar, nutrir e educar a geração que vem depois da nossa”. Seria, então, possível fazer o clone humano? Acredito que o homem possa fazer um clone humano. Porém, essa possibilidade não tira de Deus o poder criador de dar ao ser clonado o elemento espiritual da alma e do espírito que homem jamais poderá criar. O clone só é feito a partir de um elemento existente. Só Deus pode criar algo do nada. Daí entendermos que a criança gerada, e não produzida, não interfere no processo natural biológico. A geração incorpora a união do homem e da mulher. Os filhos não se reproduzem simplesmente, Tanto os pais quanto os filhos são causa e efeito do processo gerador. O assunto é ainda obscuro ao nosso entendimento pleno. Porém, quando a ciência friamente se acha no direito de manipular embriões humanos e de fazer os experimentos que quiser em laboratório, sem nenhuma restrição moral ou religiosa, indica que a quebra de limites pode destruir os valores morais da humanidade. Daí, as armas estratégicas de poder atômico, de poder químico, nêutrons, etc. Que a igreja de Cristo esteja alerta para o fato de que todas essas coisas conduzem para o fim dos tempos.
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